quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conviver com as Diferenças


Conviver com as Diferenças


Quando ouvimos a palavra inclusão, ou melhor, que uma escola é inclusiva logo nos vem à mente uma escola que abriga crianças, jovens e adultos portadores de necessidades especiais. Mas a perspectiva de uma escola inclusiva vai muito além, sobretudo no que diz respeito à diferença.
Todos nós temos diferenças, particularidades, singularidades, então temos que respeitar e aceitar a individualidade de cada um e do grupo que pertencemos, observando o meio social e cultural em que cada ser vive para que assim a escola possa atender as necessidades de cada um, colaborando para a firmação do ser.
Diferença. Essa talvez seja a palavra-chave para compreendermos o conceito de escola inclusiva, pois, uma escola inclusiva deve estar aberta as diferenças, melhor dizendo, deve conceber a diferença como algo peculiar do sujeito, afinal nós seres humanos somos semelhantes não iguais! Tendo em mente que cada ser humano tem particularidades, que é um ser único, não há motivos para haver discriminação, pelo menos não deveria. Tachar pessoas com qualquer tipo de necessidade especial como “o diferente” por causa da deficiência é pura ignorância. Ter essa visão é enxergar as deficiências como “[...] fixadas no indivíduo, como se fossem marcas indeléveis, a partir das quais só nos cabe aceitá-las, passivamente, pois nada poderá evoluir além do previsto no quadro geral das suas especificações estáticas [...]” (MANTOAN, 2004) – esse pensamento é absurdo, pois, todos nós podemos em qualquer momento da vida adquirir algum tipo de deficiência, devido a algum problema de saúde, acidente de trânsito, entre outros; é algo de que não temos controle. Mas no caso de acidente a idéia de recuperação, superação é aceita com mais facilidade. O tratamento em relação a pessoas que nascem com determinada deficiência não pode ser diferente (no sentido de segregação, discriminatório), pois o ser humano possui a capacidade de adaptação.
A escola tem o papel principal não apenas de construir conhecimento mas sim de propiciar e criar um ambiente de diversidade e desenvolver práticas de educação inclusiva.
Todos devem estar disponiveis para infrentar a situação da inclisão escolar, ela vem promover mudanças necessárias no sistema educacional que ja não era satisfatório tanto na escola de ensino regular como na escola de ensino especial. Favorecendo uma filosofia baseada em principios democraticos e igualitários que promovam uma educação de qualidade para todos os seus alunos. A escola deve ensinar o que o aluno inclusivo precisa e não o que pensa que deva ser ensinado. É importante a criação de um ambiente acolhedor que acomode a diversidade, incluindo alunos e professores havendo uma formação mais abrangente e continuada de todos os profissionais da escola, incluindo reuniões periodicas com a presença dos pais, para que se salientem as vitórias e as dificuldades, buscando sugestões em conjunto para a melhoria desejada. Hoje a educação inclusiva não é impossivel, mas está longe de ser a ideal e de acontecer de fato.
Devemos então cultivar o hábito de refletir, nos colocar sempre no lugar do outro, pois, amanhã podemos estar em situação parecida e precisamos de bons exemplos para nos espelhar e inspirar.
Sabemos que mudar pensamentos não é fácil. A escravidão foi abolida no Brasil há mais de 100 anos e ainda hoje, negros e seus descendentes sofrem preconceitos: discriminação por causa da cor. A mudança leva tempo, e nesse contexto a escola exerce um papel fundamental, pois, ela educa para o convívio em sociedade. Sendo assim ela não pode permitir qualquer tipo de discriminação, seja por cor, raça, gênero, religião, ou qualquer outra característica. Além disso, deve promover o respeito a todos - com ou sem deficiências (físicas, psíquicas) e entre todos os que atuam nela - sem privilégios hierárquicos.

REFERÊNCIAS:

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O direito de ser, sendo diferente, na escola. Disponível em:< http://www2.cjf.jus.br/ojs2/index.php/cej/article/viewFile/622/802>. Acesso em: 09.05.2012.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Qualidade na educação


Qualidade na educação



A busca por uma educação de qualidade começa com a compreensão de que esse caminho é complexo, temos de tornar a escola e o ensino mais atrativo para nossos alunos.
Não podemos nos esquecer que para isso acontecer precisamos de professores e escolas aptos a encarar a realidade do ensino. Não adianta reclamarmos por salários maiores, qualidade de materiais se não estamos dispostos a fazer parte desta mudança.
A escola deve ser um espaço de pessoas comprometidas com a democracia. Para alcançar esse objetivo ela deve estimular desde cedo a convivência em sociedade propondo atividades que envolva o coletivo, o respeito em relação ao outro, promover a acessibilidade e a inclusão de todos além de combater todas as formas de preconceito e discriminação.

       v   Uma escola não se faz sozinha


 Para tornar a escola e o ensino em geral mais atrativo para nossos alunos e onde o estudo não seja uma tarefa maçante é necessário que a comunidade e o corpo escolar sejam parceiros na construção de uma escola feliz e humanitária, as decisões sobre a vida escolar devem ser tomadas em acordo com todos os interessados, incluindo os alunos.
Tendo sua base estruturada no propósito da aprendizagem dos alunos e feito por pessoas dispostas a fazer educação, o projeto político-pedagógico da escola longe de ser um mero instrumento burocrático, torna-se o guia que direciona a vida escolar imprimindo em todos os que passam por ela, principalmente o educando, todas as suas marcas: ensinamentos, valores, ideologias.    
Sendo estes ensinamentos de caráter democrático a missão desta instituição terá sido alcançada e ela será sem dúvida uma escola de qualidade, pois permitiu dentro de seus muros o exercício da cidadania feita por todos.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Mudanças no perfil do trabalhador

  
As mudanças no mercado de trabalho fazem parte da evolução da vida, mas o que assusta é a velocidade com que essas transformações acontecem e como atinge a todos.
A visão de quem manda mais, ficou no passado, todos são importantes e podem desfrutar da  democracia, deixaram de ser chamados de funcionários  e passaram a se ser chamados de  colaboradores.
A busca pelo conhecimento e a constante qualificação, faz com que o profissional, esteja á par do mundo em sua volta e saiba administrar as situações adversas que advir.  
Com o surgimento de novas profissões e a renovação das funções de cargos antigos, o avanço constante da tecnologia e da comunicação permite o acesso das pessoas a novos produtos e serviços, ocasionando uma demanda por trabalhadores com determinado perfil:

Ø    Que tenham pleno conhecimento da língua materna e seus usos sociais, sabendo se comunicar com proficiência (destreza);
Ø     Dominem as novas tecnologias;
Ø     Saibam uma segunda língua (moderna);
Ø    Se relacione bem com as pessoas;
Ø    Demonstre interesse pelo bem estar da sociedade e participe das decisões que a envolva;
Ø     Que seja flexível nas suas idéias e atitudes;
Ø    Seja polivalente;
Ø    Esteja em constante aprendizado, tanto no local de trabalho como em locais de ensino sistematizado, buscando se aprimorar sempre;
A necessidade de trabalhadores com tais competências tem relação direta com a educação, que necessita de mudanças. E para dar início a essas mudanças, nós, sociedade e educadores temos que nos empenhar na reconstrução do papel da escola.
Temos que encarar a nova realidade, saber que a educação deixou de ser apenas um processo de ensino-aprendizagem e que não se aprende apenas no espaço escolar. A tarefa de educar atravessa os muros da escola e segue para diversos setores, dando assim um novo cenário para a educação.
A classe trabalhadora se tornou muito diversificada, havendo uma grande procura por novas funções, cargos e áreas. Essa mesma transformação ocorre na área da educação.
Há diversos locais além da escola onde a função do educador é de extrema importância como em ONG´s, hospitais, associações e empresas, invalidando a ideia de que o papel do educador se restringe apenas a sala de aula.
Esses novos caminhos tornam e fortificam ainda mais a educação como o principal instrumento contra a desigualdade social.

terça-feira, 20 de março de 2012


Saber se comunicar é uma arte

Saber se comunicar oralmente, ou através da escrita pode não ser tão simples como parece. Muitas expressões que não obedecem às regras gramaticais acabam sendo incorporadas ao nosso cotidiano e devido à força do uso se enraízam de tal forma que mesmo com o esforço dos especialistas da língua Portuguesa em nos esclarecer e corrigir os erros através de vários veículos da mídia, ainda assim essas pérolas teimam em permanecer entre nós: “menas”, “de menor”, etc.
O gênero também é outro aspecto que deve ser observado para que o texto falado ou escrito obtenha o resultado esperado. Deve-se ter em mente o público a quem o texto será direcionado e suas características.

Imaginemos a seguinte situação de uma professora alfabetizadora.  Um dos alunos da sua turma, o Pedro, está com dificuldades para aprender a ler e a escrever. Ele tem 7 anos e, apesar de ser uma criança adorável, apresenta alguns problemas visíveis em sala de aula. Ela, dessa forma, percebe que ele precisa de ajuda e decide encaminhar uma carta para a psicopedagoga da escola (carta 1) relatando o problema. A mãe do Pedro não tem formação pedagógica, mas demonstra grande interesse pelo aprendizado do filho, a professora decide escrever uma carta também para ela (carta 2) relatando o caso. Não há, nessa situação, possibilidades de falar com ela pessoalmente. Vejamos:


Carta 1-

Itanhaém, 18 de Março de 2012

À psicopedagoga

         Em minhas observações percebi que o aluno Pedro não está com bom desempenho na linguagem oral e não está dominando bem a linguagem escrita. Mesmo colocando-o em contato com diferentes materiais escritos e diferentes textos apresenta dificuldades em assimilar os conteúdos.
     Ainda não demonstra interesse em participar das atividades propostas; muitas vezes parece se desligar da realidade, envolvido em seus pensamentos, em alguns momentos aparenta timidez, não conseguindo interagir nas atividades de leitura e escrita.
    Portanto, espero que com seu auxilio consiga criar condições para que o aluno Pedro avance em sua compreensão sobre as regras do sistema alfabético, e consiga interpretar e usar a escrita.
Atenciosamente,

A professora.

Carta 2-

Itanhaém, 18 de Março de 2012

Mamãe
Devido sua demonstração de interesse pelo aprendizado do seu filho Pedro, resolvi compartilhar minha preocupação com o desenvolvimento de sua aprendizagem.
Pedro está com dificuldades para ler e escrever. Em alguns momentos demonstra timidez, motivo este que dificulta a realização das atividades realizadas pela turma.
Por esse motivo eu e a equipe escolar resolvemos pedir auxilio para a psicopedagoga da escola.
Contamos com sua compreensão, pois Pedro será beneficiado com essa ação.
Atenciosamente,

A professora.


Observando os dois exemplos acima se percebe que, se ambas as cartas fossem trocadas e enviadas para os destinatários errados a compreensão da mensagem ficaria comprometida. Não exerceria o efeito desejado e esperado: se o destinatário da 1ªcarta (coordenadora) recebesse a carta 2 poderia até compreendê-la, ainda que a linguagem coloquial não fosse condizente com o cargo que ela ocupa. Acontecendo o inverso: a destinatária da carta 2 (mãe do aluno) recebesse a carta 1 teria dificuldades em compreendê-la pois não domina certos conceitos e termos da área pedagógica.
Muitos de nós, quando criança, aprendemos a escrever textos na escola com as famosas composições. A palavra REDAÇÂO causava arrepios e às vezes, até dor de barriga, seguido de um branco completo diante da folha de caderno e o tema da redação. Isso ocorria porque não tínhamos foco e não sabíamos o que escrever, por que e como escrever. Com um histórico assim não é difícil entender a dificuldade que a maioria de nós temos em escrever e expressar nossas idéias.
Hoje, é consenso entre os pesquisadores: as crianças devem ter contato desde cedo na escola com os diversos tipos de textos, de maneira a perceberem a função de cada um. Deste modo aprenderão a usar corretamente as ferramentas textuais e a se expressarem com clareza, intencionalidade e de forma competente.




quarta-feira, 14 de março de 2012

O estágio é realmente eficaz?



O estágio auxilia na construção do saber. É uma etapa importante para a formação do professor, mas possui algumas deficiências, pois não aprendemos apenas observando.
É preciso criar uma didática de estágio onde a prática e a observação, sejam eficientes na construção da prática educativa.


A citação acima é uma contribuição nossa em um fórum do curso de Pedagogia. Registramos aqui o aprofundamento sobre o nosso ponto de vista: Na condição de estudantes de Pedagogia, e alguns de nós, já professores, entendemos que as Faculdades, Universidades, Institutos, e todas as entidades responsáveis por oferecer curso superior para a formação de professores deveriam abrigar em sua estrutura escolas e creches, ou manter vínculo direto com esses segmentos do ensino num sistema de parceria, de maneira a unificar o ensino teórico à prática trazendo maior qualidade na preparação do futuro docente. Dizemos que essa aproximação traria maior qualidade ao curso, pois, o local para o estudante estagiar seria acessível, a aceitação por parte da escola seria natural, enfim, todo o trâmite de assinar documentos não seria tão burocrático ocupando um tempo considerável do estudante e comprometendo seus afazeres e a possibilidade de rejeição ao estagiário (por qualquer motivo que seja) por parte da escola não existiria. O aluno-estagiário poderia exercer sua condição de estágio através das observações e iniciar com maior confiança a regência em sala com a supervisão atenta e colaborativa por parte do docente titular ou responsável pelo estágio, tendo este maior condição e consciência em fazê-lo, pois, faz parte da mesma rede de ensino e tem o mesmo propósito: FORMAR PROFESSORES.